A doença varicosa é classificada de acordo com o diâmetro da veia. Telangectasia são dilatações venosas intradérmicas que medem <1mm de diâmetro e têm um aspecto avermelhado (sendo muitas vezes de coloração azul escura). Veias Reticulares são dilatações venosas subdérmicas que medem entre 1-3mm de diâmetro. Veias Varicosas são dilatações maiores que 3mm de diâmetro, do sistema venoso, que apresentam alterações funcionais irreversíveis.
Varizes são veias que se tornam dilatadas, tortuosas, com perda da função valvar e com alterações em sua parede. São classificadas em: varizes primárias e varizes secundárias.
As varizes primárias se formam espontaneamente. Nesses casos, o sistema venoso profundo não tem alteração. Os fatores de risco para varizes primárias são: hereditariedade; idade (aumento da prevalência a partir da puberdade); gênero feminino; gestação; obesidade; postura predominante de trabalho; hormônios (estrogênio/progesterona).
As varizes secundárias se formam a partir de uma alteração do sistema venoso profundo, como após uma trombose venosa profunda, malformação ou agenesia do sistema venoso profundo, fístula arteriovenosa congênita ou adquirida.
QUADRO CLÍNICO/DIAGNÓSTICO
Geralmente, a dor não acompanha o grau de dilatação das veias, ou seja, existem pacientes com varizes calibrosas que não se queixam de dor e existem pacientes com varizes pequenas que são muito sintomáticos em relação à dor.
O quadro clínico das varizes é variável. Frequentemente os sintomas são mais intensos no período vespertino, em dias mais quentes, ou após longos períodos em pé, ou sentado. Nas mulheres, observa-se agravamento da sintomatologia no período pré-menstrual e na gestação.
O diagnóstico é realizado através da anamnese e de exame físico, com o objetivo de serem identificados sinais e sintomas, além de fatores predisponentes e os fatores agravantes, tanto para varizes primárias, quanto para varizes secundárias.
O ultrassom é o exame complementar mais utilizado na atualidade, visto que é uma maneira de se avaliar a perviedade ou a oclusão da veia, competência ou incompetência (refluxo venoso), além de lesões parietais e luminares das veias a serem analisadas.
TRATAMENTO
O tratamento clínico é realizado com medicação flebotônica e com o uso de meias de compressão, além de se estabelecer orientações gerais a respeito dos fatores predisponentes e dos fatores agravantes.
O tratamento cirúrgico visa desde a parte estética até à correção do refluxo venoso.