A oclusão arterial aguda (OAA) é a obstrução súbita do fluxo sanguíneo para um segmento do corpo. A demora em fazer o diagnóstico e o tratamento, implica o aparecimento de complicações irreversíveis.
A OAA pode ser resultante de embolia, trombose ou trauma. Apesar dessas três condições propiciarem uma isquemia, o tratamento é diferente para cada uma dessas causas de oclusão.
Destaca-se que a OAA ocorre mais frequentemente nos membros inferiores, mas pode ocorrer nos membros superiores, artérias cervicais, artérias viscerais e aorta.
As principais causas de embolia arterial são: fibrilação atrial; infarto agudo do miocárdio; cardiopatias; aneurisma de ventrículo esquerdo; doença valvar; mixoma atrial; aneurisma arterial; doença ateromatosa; próteses vasculares; iatrogenias, embolia paradoxal.
As principais causas de trombose arterial são: aterosclerose, aneurisma, dissecção de aorta, aprisionamento da artéria poplítea, doença cística da adventícia, iatrogenia, trombofilia, trauma.
QUADRO CLÍNICO/DIAGNÓSTICO
A dor é o componente mais importante. É uma dor súbita, de forte intensidade, que acomete o segmento que ficou sem fluxo sanguíneo. O conjunto de sinais e sintomas, além da dor, é a parestesia, paralisia, frialdade, palidez, ausência de pulsos. Quanto mais intenso forem esses sintomas, maior é a gravidade da isquemia.
Os sintomas neurológicos (parestesia/paralisia) são os mais importantes para o prognóstico de viabilidade do segmento acometido.
Existe uma classificação que é usada, com vistas à viabilidade do segmento acometido, ou seja, o membro isquêmico é classificado em: membro isquêmico viável; membro isquêmico grave, mas recuperável; e membro isquêmico irreversível.
O diagnóstico é realizado através da anamnese e exame físico, associado a exames complementares de imagem.
TRATAMENTO
A viabilidade do membro depende do tempo de início dos sintomas, do correto e precoce diagnóstico e do tratamento. O tratamento é realizado de acordo com o grau de isquemia.